Mas os eleitores também estão se deparando com algumas intervenções artísticas entre as propagandas. Nos cavaletes que haviam mensagens de candidatos, agora estão sendo reaproveitados por artistas. “Vote Pinóquio para prefeito”, mostra uma propaganda. “Coligação Arromba S.P. PT – PSDB – PP – DEM – PC – PMDB. João ladrão, experiência e disposição”, apresenta outra obra com a imagem de um ladrão à lá irmãos metralha.
Este trabalho foi realizado pelo artista Beto Silva em conjunto com o coletivo Luta Popular e a Agência Solano Trindade. “Desenvolvi as imagens e os bordões fiz com o Augusto Poeta”, relata. Não é a primeira vez que Beto subverte propaganda política, começou a nas eleições passadas. Ele diz ainda não ter candidato e pensa em anular o voto, “a coisa está feia”, classifica.
Não é a primeira vez que artistas utilizam material de propaganda para fazer arte. O poeta Binho, conhecido pelo Sarau do Binho, criou o Postesia, que, em eleições passadas, utilizava placas de candidatos para repintá-las e devolve-las aos postes com poesias. É uma forma de dar sentido ao poluía a cidade.
Os candidatos, como nas eleições anteriores, estão tornando o espaço público em zonas de disputa. É a guerra de quem tem mais material de campanha para divulgação. Com esforços desmedidos, poluem a cidade de diversas formas e acabam deixando a metrópole suja. Cabe ao eleitor enxergar estas ações como uma forma de desrespeito e a melhor forma de punir estes políticos é não votando neles.
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