arte na periferia: O AUGUSTO

19 de outubro de 2007

O AUGUSTO

A lua convida pra rua.
A cidade nua
se insinua
como às Prima.

Gentil com as meninas
eu sigo minha noite.
Sem percalço
sem açoite
sem doses de estriquinina.
Só o violão
e a esquina.
Nas ruas me preservo
e tudo observo.
Me enervo
com a futilidade
de tantos jovens
alheios a realidade.
Parece ser
suas únicas necessidades
azarar
cheira
e tomar mais e mais
Smirnof Ice.
Onde esta a boemia sadia?
Regada à poesia e cantoria...
Onde estão os lordes da orgia?
Sei que estão por ai.
Não mais nos Jardins
ou na Vila Madalena.
Soube à boca pequena
que eles agora se concentram
nas cercanias da cidade...
Vou findar minha saudade!
Extravasar tudo que sinto
num certo bar no Campo Limpo.
Exorcizar os meus demônios
no Sacolão do Parque Santo Antônio.
Reaprender como se ama
com a molecada do Fim de Semana.
Lembrar que dignidade não se rifa
com os poetas da Cooperifa.
O sol agora desponta
coroando dias de alegria.
É tão lindo vê-lo nascer!
Muitos não estão em pé
para perceber
que uma nova era
esta pra acontecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

vichi, arrepio foi tudo.....