eu tô mal acompanhado.
qual seria o caminho
que te traria ao meu lado?
fico todo em desalinho.
fico todo abandonado.
no seu estrito microverso,
sou a ultima opção.
te mando milhão de verso
pra ver se tu tens reação.
e pra tudo que eu converso
você só responde: "não."
você não entende nada!
desconfio que até caçoa.......
é só negativa projetada
pro lado da minha pessoa.
tanta coisa enjeitada
que até me deixa a toa.
minha alma é divertida,
curiosa e cheia de luz.
não a quero ver sofrida
e nem carregando cruz;
ela não vê a saída
que a sua vontade conduz...
te acho uma jóia rara.
te quero de coração.
mas veja bem, minha cara:
eu não tenho a intenção
de entrar nessa seara
de engano e decepção.
e cada recusa sua
me fere profundamente.
nós já nos beijamos na rua
e ela bem sabe da gente.
e pra mim ela insinua
que eu seja mais contundente.
do jeito que eu estou agora,
você não vai me querer.
quem sabe essa coisa melhora
e eu venha então perceber
que a sua demora mora
na vi ela do meu ser.
por isso hoje resolverei
a não te fazer proposta.
mudarei o meu agir
e tudo será como gosta.
mas tenho que me exprimir:
eu acho isso uma bosta.
eu acho isso uma bosta.
hei de fazer blindagem
em volta do coração,
pra não ficar de bobagem
quando você me disser: "não!"
estarei na vadiagem;
precisando, acene a mão...
e esse meu cordel fuleiro
que quase nada quer dizer,
não vai se fazer inteiro,
com as rimas que deve ter,
pois estou muito cabreiro;
beeeem cabreiro com você...
Um comentário:
Estou com vocês nessa. Por uma cultura livre! Aliás o seus versos não são nada livres, mas fazer o quê? ser livre não é castrar a rima. Não é mesmo?
Razek Seravhat,
Ternura sempre!
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