arte na periferia: Coletivo Arte na Periferia participa da Semana de Cultura Urbana no Paraguai

3 de outubro de 2012

Coletivo Arte na Periferia participa da Semana de Cultura Urbana no Paraguai

fonte: http://campana.outraspalavras.org/?p=712
texto: Mara Esteves

Começou ontem na cidade de Assunção, no Paraguai, a Semana de Cultura Urbana – Dislocaciones – Evento que reúne diversas produções artísticas urbanas e entre essas produções, destacam-se os trabalhos dos cineastas: João Claudio de Sena e Peu Pereira, integrantes do coletivo – Arte na Periferia, que atuam e residem nas periferias da Zona Sul de São Paulo.
O documentário: Grajaú onde São Paulo Começa – de João Claudio de Sena, retrata o cotidiano do bairro Grajaú -extremo sul de São Paulo- as produções culturais criadas por moradores do Grajaú, suas intervenções artísticas e suas ligações com a história do bairro.  A Mostra de Curtas Periféricos dirigidos pelo coletivo, leva ao público nove curtas metragens, retratando a realidade periférica, as ações interligadas dos coletivos culturais e suas produções realizadas as margens da cidade. Apresentam como se organizam essas ações, muitas vezes de forma independente, mas que, mantem diálogo constante com as questões sociais e políticas da região.

O evento conta com o apoio do Centro Cultural da Espanha e tem o intuito de evidenciar os trabalhos artísticos feitos nas ruas das cidades. A Semana de Cultura Urbana apresenta produções artísticas de diversos países, realizadas com a proposta de intervir no espaço público, transformando a cidade em verdadeiras galerias de arte a céu aberto. Oferece a oportunidade de analisar e questionar a forma tradicional de concepção artística em contraste com as produções contemporâneas
Simultaneamente, acontece em São Paulo a partir do dia 03 de outubro, a CineBiblio, realizado pelo SESC, com o objetivo de exibir e debater o documentário “Grajaú, Onde São Paulo Começa”, com a presença do cineasta João Cláudio de Sena e dos escritores convidados Allan da Rosa e Luan Luando, cuja obra também tematiza os contrastes, características e a efervescência cultural da Zona Sul de São Paulo. Desta forma, cinema e literatura convergem em diálogo entre estas duas formas de criação artísticas.
Logo abaixo, confiram a entrevista com os cineastas João Cláudio de Sena e Peu Pereira, durante a Mostra de Arte Periférica promovida pela Agência Popular Solano Trindade, no Centro Cultural Ruth Cardoso, no final de agosto.
Campana: Qual a importância e porque registrar o cotidiano da periferia?
João Cláudio de Sena: Eu nasci na periferia, passei um tempo longe, viajando por outros países, mas redescobri a periferia trabalhando na edição do Cinema de Quebrada (projeto que reuniu diversas produções audiovisuais produzidas nas periferias de São Paulo). Entre os trabalhos deste projeto, conheci o filme Panorama- Arte na Periferia (direção: Peu Pereira, 2007) notei que algo especial estava acontecendo na zona sul, isso me levou a frequentar a Cooperifa e o Sarau do Binho. Abriu meu campo de visão. Algo novo, diferente, estava acontecendo. Fui viajar novamente e quando voltei, um ano depois, conheci pessoalmente o Peu.  Esse foi o momento inicial mesmo, que eu percebi que algo diferente estava acontecendo e que começou há uns cinco anos atrás, eu me sinto recompensado, sempre trabalhei com documentários e com produções publicitárias, mas esse novo enfoque se torna verdadeiro, com essa mostra e essa vasta produção, me traz a sensação que estou no caminho certo, apostei no caminho certo.
Peu Pereira: O meu interesse nasceu de querer contar histórias que acontecem em torno do lugar onde moro. Na época de produção do filme Panorama- Arte na Periferia, algo muito especial aconteceu e continua acontecendo, existiam muitas produções culturais “pulverizadas”, muitos pontos de acontecimentos culturais, de ações na periferia e notei que isso devia ser contado, ser narrado de alguma maneira, de alguma forma, não sabia como a minha formação profissional não é de audiovisual, mas quis fazer, para trazer a tona, de uma maneira simples e dinâmica e que pudesse mostrar um pouco do que acontecia em 2006, para se tornar um “retrato” de como esses artistas vivem, como trabalham e organizam as ações culturais na periferia.
Existe espaço para as produções de ficção na periferia e quais são as oportunidades para se produzir ficção nesse contexto?
Peu Pereira: Espaço tem. Existem muitas histórias reais que dariam produções maravilhosas, nós lidamos com isso o tempo inteiro, nossos amigos próximos têm histórias mirabolantes, como o Zinho Trindade (bisneto de Solano Trindade, Mc e apresentador do Hip Hop Cozinha – série de entrevistas produzidas pelo coletivo e integrado a Mostra), mas a produção de ficção é diferente, é mais elaborada, mais onerosa do que a produção de documentários. Nesse sentindo nós não temos toda essa estrutura e geralmente, não temos dinheiro para pagar todo o custo humano necessário para as produções de ficção, mas temos espaço e muito.
João Cláudio de Sena: Espaço tem e até já foi feito, conheci o Peu Pereira no lançamento do projeto Contos de Bairros (produção cinematográfica, três contos de artistas da periferia adaptados por três cineastas da periferia).
Peu Pereira: Esse processo foi mais demorado, durou um ano, foi bem difícil, mas aprendemos que é bem mais complexo se fazer ficção com a estrutura que possuímos. Mas produzimos e pretendemos produzir mais, estamos com um novo projeto, com roteiro do Gil Marçal, onde o enredo baseia-se em conflitos sobre orientação sexual de jovens, vamos fazer os testes de seleção do elenco em parceria com a Agência Popular Solano Trindade, sabendo que é difícil e bem trabalhoso, que demanda mais tempo, mas os espaços e oportunidades tendem á surgir sempre. Nós realizamos oficinas com jovens e os alunos acabam produzindo alguns trabalhos de ficção e que acabam se tornando parte de um laboratório, tanto para os alunos, como para nós também. Tem que ter, sempre mais espaços e oportunidades.
Qual a opinião de vocês sobre as produções já realizadas, como tem evoluído essas produções e as próximas possibilidades de criação.
Peu Pereira: Essa Mostra é muito importante, foi organizado pela Agência Popular Solano Trindade. Possuímos uma proximidade tanto no individual como no coletivo com a Agência, essa mostra foi baseada no nosso trabalho, individual e do coletivo, para vincular nossos trabalhos de uma forma que pudesse expressar essa pluralidade mesmo com pouco tempo para as exibições.
João Claudio de Sena:  Existem produções diversas e grandiosas acontecendo, temos uma proximidade maior com alguns como o Rogerio Pixote, Daniel Fagundes, NCA (Núcleo de Comunicação Alternativa) enfim, tem muita gente produzindo em vários lugares, não só na zona sul, e enfatizando diversos ângulos.  A periferia também é universal e apesar de compartilhar os mesmo problemas, elas são diferentes e lidam com seu entorno de maneira diversa.
Peu Pereira: Esse recorte do trabalho na Mostra traz exatamente isso, os personagens que interagem na questão demográfica e como as pessoas se mobilizam nos territórios periféricos e na cidade. A questão conceitual, como esses mesmos artistas se sentem e desenvolvem seus trabalhos, mesmo que estamos falando de acontecimentos novos, dessa efervescência recente, mas que já possuí uma história de 10 anos que ajuda na compreensão do trabalho. Existe muitas mudanças que ocorreram nesse período após o Panorama, o Sarau do Binho não existe mais, a Fábrica de Cultura hoje sedia o Ninho Sanssacroma e a Agência Solano Trindade, isso demonstra as transformações ocorridas nesses anos de trabalho  cultural da periferia.
João Claudio de Sena e Peu Pereira: Estamos vivendo um momento de mudanças nos acontecimentos, que  já possuem uma história feita mas que não acontece de uma hora para outra,  mas que contribuí com as transformações e quais reflexões trazer ao nosso trabalho daqui para frente.

2 comentários:

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