arte na periferia: Intervenção urbana!

14 de setembro de 2012

Intervenção urbana!

Essa cambada de vigaristas poluindo nossa cidade, no capão redondo tem calçadas que não se pode andar.
Isso não é dialogo, isso é vencer pelo cansaço, então a gente também dá nosso recado.



Materia sobre a intervenção que saiu no site campana: http://campana.outraspalavras.org/?p=531
Texto: Mara Esteves
 
Em terreno lateral e íngreme da Estrada de Itapecerica, próximo a AABB, por cima da grama que cobre o lugar ou presos junto a parede, placas de candidatos políticos se espalhavam a exaustão, sorrisos falsos dominavam a paisagem como se na disputa por essas eleições, vence quem aparece mais, descaradamente desrespeitando as leis e os cidadãos, debochando da impunidade que cerca a política do país.
Em resposta a uma ação, ocorre a reação. O artista Rafael Murayama, o Nave Mãe, integrou ao espaço um espantalho de olho grande, nariz comprido e sorriso carimbado, de terno e gravata, faixa presidencial e notas de dinheiro nas mãos, aparentando assim “proteger a plantação de dinheiro dos políticos”, elucidando o objetivo real desse cenário pré-eleições.


Sua intervenção reflete sobre a atual política corrupta que se faz presente também nos gastos de campanhas eleitorais “Aquelas faixas e placas de políticos, só me confirmaram o quanto eles cuidam mal do dinheiro do povo brasileiro, parecendo uma grande horta impecável e intocável aos pobres mortais, sendo assim, apenas coloquei o que faltava, o espantalho, transformando em a grande colheita maldita” satiriza Nave Mãe.
Nascido e criado no Capão Redondo, Nave Mãe começou a intervir nos espaços urbanos em meados dos anos 90. Começou na pichação e depois para o graffiti, para as telas, instalações e participa de exposições dentro e fora do país. Entre suas influências estão, Pablo Picasso, Pollock, Duchamp e Basquiat, suas criações são reflexos de um cidadão periférico e marginalizado como ele mesmo define nesta entrevista concedida via e-mail.
O artista detalha a motivação do seu trabalho “Gosto de criar certo incomodo na mente das pessoas, faço isso com as minhas pinturas e instalações também” ressalta a importância desse tipo de intervenção e a interação com o público “a relação do publico neste tipo de trabalho sempre é a mais positiva possível, parece que ás vezes consegui dar uma oportunidade pública para alguém se expressar também, o cara pode passar em frente à obra e falar alto: É tudo safado mesmo, cadeia neles e etc.”.
Nave Mãe já interferiu na paisagem deste local nas eleições passadas. Na primeira vez, fixou cruzes feitas de resto de material de campanha eleitoral e transformou o espaço em cemitério, “esses suportes abandonados me ajudaram a ter a ideia e também a concretiza-las” explica.
Na intervenção do Espantalho, com o título de Intervenção Urbana: Cara de Pau, contou com a ajuda dos amigos e cineastas, João Claudio de Sena e Peu Pereira (ambos integrantes do coletivo Arte na Periferia) que ajudaram na execução, produção e filmagens “intervir no espaço público, é uma questão intrínseca e fundamental de artistas que tem o graffiti como pelo menos uma das suas formas de expressão” define João Claudio de Sena.
Poucos dias depois, funcionários da Prefeitura de São Paulo limparam o local retirando as placas e outros materiais de campanha, mas o boneco ficou ali, estacado na terra, onipotente a mudança do cenário. Peu Pereira faz coro ao que Nave Mãe cita sobre dar voz ao povo “o fato de os trabalhadores da prefeitura terem retirado as placa e limpado o terreno, porém preservando a intervenção, mostra o quanto estamos cansados e queremos protestar, até inconscientemente, ou talvez que não podemos subestimar a percepção sensível das pessoas”.
O espantalho desapareceu com o passar dos dias, ninguém sabe o que realmente aconteceu, “o espantalho já não está mais lá e acho que aos poucos o terreno volta a ser habitado pelas placas, talvez a prefeitura tivesse que limpar o local, talvez tenha sido uma denuncia, não sei” opina Peu.
A necessidade de intervir nos espaços públicos, para fazer valer nosso direito de expressão e questionar a realidade imposta pelo governo, é o real objetivo dessa ação, como Nave Mãe enfatiza “Temos que tomar de assalto o que é nosso por direito”.

Um comentário:

Anônimo disse...

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