Festival Internacional de Cinema de Itu recebe inscrições
A 4ª edição do Cinema Mundo - Festival Internacional de Cinema de Itu, que ocorre de 25 a 28 de novembro, já está com inscrições abertas (até o dia 15 de outubro) para os interessados em participar da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens. Como tem caráter internacional, o evento, este ano, abre espaço para produções ibero-americanas. Entre os mais de 120 curtas até agora inscritos, já recebemos inscrições de vários lugares do Brasil, além da Argentina, da Espanha e até de Cuba, conta a diretora geral do Cinema Mundo, Renata Saraceni. Neste ano, serão selecionadas 30 produções para a competição. Fornecemos hospedagem e alimentação para que o diretor, ou alguém da equipe, venha representar o curta selecionado, confirma Renata. Para ter acesso à ficha de inscrições e ao regulamento, basta entrar no site www.cinemamundo.com.
Nesta edição, o festival conquistou um apoio importante do Centro Técnico de Audio Visual (CTAV), órgão ligado ao Ministério da Cultura, que vai agraciar o Melhor Filme com uma cópia da produção em 35 mm. É muito importante para o novo realizador. Sem dúvida, um grande incentivo, ressalta Renata.
As outras categorias - Melhor Direção, Melhor Argumento, Melhor Fotografia, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem, Melhor Desenho de Som e Melhor Música Original - serão contempladas com troféus. Na Mostra Competitiva, há uma categoria especial para filmes produzidos apenas no interior paulista, que concorrerão ao troféu Raiz. O público também poderá participar da escolha, selecionando o filme que receberá o prêmio Cinema Mundo.
Nomes de destaque
Além da mostra de curta, a programação vai contar com palestras, oficinas e exibição de longas. Alguns nomes de destaque no cinema brasileiro já estão confirmados. Andrea Tonacci, ícone do cinema marginal, vai presidir o júri da mostra competitiva. Luiz Rosemberg Filho, outro ícone do cinema marginal (autor de Jardim das Espumas, Balada de Página Três, América do Sexo, entre outros), vai ministrar uma palestra sobre direção, mercado e novos olhares. Ricardo Miranda, montador premiado de importantes filmes do cinema novo (inclusive trabalhou ao lado de Glauber Rocha), será responsável por uma oficina de montagem. E por último, Joel Yamaji (cineasta e professor da USP), que vai dar curso de roteiro. Essas pessoas exibirão também suas produções durante o festival, explica Renata.
O evento, que tem toda a programação gratuita, será realizado no Espaço Fábrica São Luiz.
Sobrinha de Paulo César Saraceni
O cinema é uma questão quase que genética para Renata, que é sobrinha de Paulo César Saraceni, um dos precursores do Cinema Novo. Ele é meu mestre, foi com ele que eu comecei no cinema, frisa. Ela, que já organizou festivais em Paraty e Cataguases (Minas Gerais), diz que escolheu Itu por acreditar no potencial da cidade dentro do interior paulistano. É uma cidade histórica, que tem um lado artístico forte... Tem tudo a ver com um festival de cinema alternativo. Ainda estamos começando, é pequeno, mas foi assim também que Gramado começou e hoje é a grande referência nacional. Por isso, aposto em Itu e acredito que possamos formar um público interessante por aqui. A expetativa de público para este ano é de 1.500 pessoas. No ano passado, nos quatro dias, foram cerca de 800 pessoas. Ao longo das edições, teve gente até da Argentina e dos EUA que veio nos prestigiar, comenta.
O Festival conta com o apoio da Prefeitura de Itu, mas patrocínios sempre são bem vindos, como salienta Renata.
Desde 2007
Na primeira edição do Cinema Mundo, em 2007, foi realizado o Encontro Internacional de Estudos Cinematográficos, com a presença de realizadores e filmes da Alemanha, Dinamarca, Cuba e Argentina. Foi feita ainda uma homenagem ao cineasta Anselmo Duarte.
Zé do Caixão e Paulo Betti foram os destaques na segunda edição, quando ocorreu o Encontro das Américas, com participação de realizadores e filmes da Argentina, EUA e Cuba.
No ano passado, durante a terceira edição, foi feita uma homenagem ao Ano da França no Brasil. Na ocasião, seis produções francesas foram exibidas, relembra Renata.
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